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Smart Money Ventures Leads a R$3m Investment in Gama Academy (em português)
29 January 2020
Smart Money Ventures led a R$3m investment in Gama Academy, a Brazilian edtech focused on professional training in programming, design, marketing and sales.
(Startupi) A Gama Academy, startup de educação que forma profissionais nas áreas de programação, design, marketing e vendas, anunciou o aporte de R$ 3 milhões liderado pela Smart Money Ventures, que já possui em seu portfólio startups como Iugu, Ramper e Worldpackers.
A empresa planeja expandir seus programas educacionais híbridos para 10 cidades, lançar novos cursos online com mentoria individual e entrar na área de treinamentos corporativos. Para isso, o investimento será utilizado para triplicar seu time de produto, tecnologia e educação, que são o core da companhia.
Com mais de 3 mil alunos, 90% de empregabilidade e cerca de 2x de incremento adicional de salário após a formação na escola, a preocupação do fundador e CEO, Guilherme Junqueira, é escalar sem perder a qualidade. “Hoje nosso NPS médio é de 83 e cerca de 70% dos nossos alunos se matriculam via indicações. Arrisco a dizer que nenhuma Universidade no Brasil tem esses números, e não podemos perder isso de jeito nenhum” argumenta Junqueira.
O déficit de profissionais de tecnologia no Brasil deu um salto de 92 mil profissionais em 2011 para cerca de 750 mil em 2020 segundo estudo da Brasscom. “Já existem mais vagas do que profissionais capacitados no Brasil e a Gama Academy é pioneira em atrair, selecionar e formar talentos que são rapidamente empregados em startups ou empresas em processo de transformação digital. Investimos porque a dor é grande, o time é forte, o mercado é gigante e o produto tem alto diferencial competitivo.” justifica o Managing Director da Smart Money Ventures, Fábio Póvoa, que também é um dos fundadores da Movile.
Reconhecida internacionalmente pela sua metodologia de ensino inovadora, a empresa foi selecionada pela Singularity University (Universidade da NASA e do Google) como uma das melhores Edtech do país, ganhou o prêmio de startup de educação no Startup Awards 2019 e foi acelerada pela Endeavor no programa Scaleup. Por essas conquistas, o fundador da empresa foi reconhecido com um dos 30 jovens com menos de 30 anos mais promissores do Brasil pela Revista Forbes.
Seu programa educacional mais famoso, chamado Gama Experience, condensa 5 meses de conteúdo em 5 semanas, misturando as 4 áreas mais requisitadas do mercado (91% das vagas de trabalho são para programação, vendas, marketing e design) em squads multidisciplinares, que aprendem habilidades técnicas no modelo de sala de aula invertida e híbrida, com cases práticos desafiadores (PBL’s) e um profundo desenvolvimento de habilidades comportamentais de forma totalmente gamificada. Ao final do programa, é realizada uma feira de contratações para empresas recrutarem esses profissionais. “Na última feira que realizamos, haviam mais de 370 vagas para cerca de 100 alunos recém formados”, destaca o fundador.
No modelo de negócios da escola, as empresas também pagam para contratar, diminuindo ou zerando (através de bolsas de estudo) o investimento que os alunos precisam fazer para se capacitar. Esse valor chega a ser 4 vezes menor do que concorrentes da América Latina que atuam no Brasil. Mais de 500 empresas já são clientes da escola, como iFood, Mercado Livre, Stone, MaxMilhas, Netshoes, entre outras. “Acreditamos que as maiores prejudicadas com a falta de profissionais qualificadas, por isso criamos uma forma delas ativamente da formação esse profissionais para o mercado.”
Em 2018, a empresa abriu um braço corporativo e criou um novo conceito chamado Education Recruiting, que transforma processos seletivos convencionais de grandes players em experiências de aprendizagem que ensinam novas habilidades em vez de somente testá-las. De lá pra cá a empresa se especializou em fazer programas white-label para atrair, selecionar e treinar desenvolvedores de software ou profissionais de vendas digitais, para empresas com grandes volumes de vagas, como NuBank, Avanade, TOTVS, Accenture, Ambev, entre outras. “A estratégia de Education Recruiting, com as academias educacionais onde fornecemos bolsas de estudos para qualificar profissionais de nível Júnior ou Pleno já representam mais de 20% das nossas contratações para as áreas de engenharia de software” comenta Eric Toyoda, HR Manager da Avanade.
De olho no Ensino Superior
Quando questionado sobre o futuro da empresa e a ameaça que grandes grupos educacionais representam para a startup, o fundador provoca: “bom, alguns alunos já dizem que somos o Nubank da educação ou seja, a revolução que eles fizeram com o modelo dos bancos, vamos fazer com as universidades no futuro. Quem focar mais nas necessidades do cliente, ganha! Mas mantemos o pé no chão e a cabeça nas nuvens. Primeiro queremos ser o maior grupo de Digital Skills na América Latina, depois a gente pensa se vai ser complemento, alternativa ou substituto ao modelo de ensino superior atual que movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano”.
Em poucos minutos de busca na internet, é possível encontrar diversas histórias de transformação, superação e de transição de carreira de alunos da Gama Academy. Uma delas é do ex-motoboy André Camargo, pai de 2 filhos, que após o treinamento da Gama, conseguiu uma vaga como desenvolvedor de software em uma grande empresa de tecnologia ganhando 4 vezes mais do que seu salário anterior. Hoje, André utiliza suas horas vagas de semana para dar aulas de programação para adolescentes de baixa renda.
Junqueira adiciona, “Colecionamos histórias como essa na Gama, e esse poder de transformação da educação é o que faz acordarmos todos os dias cedo, indignados e com muita vontade de diminuir esse número de 12 milhões de pessoas desempregadas no Brasil. Enquanto isso, a China forma mais de 1 milhão de pessoas desenvolvedoras por ano. Ou seja, queremos fazer do nosso propósito um movimento, unindo e consolidando empresas brasileiras que podem ajudar a formar mais profissionais em tecnologia.”
Para os sócios da empresa, Guilherme Junqueira (CEO), Alexandre Paez (CTO) e Luís Quintanilha (CMO), uma das prioridades é se tornar referência como uma escola transformadora, dentro e fora da empresa. “Somos em 40 pessoas hoje e vamos terminar 2020 com 65. Já temos uma cultura muito forte e pessoas apaixonadas pelo propósito de transformar a vida de 1 milhão de pessoas através da educação. Queremos agora entrar para o ranking de melhores empresas para se trabalhar, desenvolver novas lideranças no nosso time e compartilhar alguns dos modelos de gestão de pessoas que criamos internamente, e são hoje parte do segredo de termos uns dos maiores eNPS (Employee Net Promoter Score) do mercado digital.” conta Paez, que também acumula a função de operações da empresa por enquanto.
Após a rodada de investimento, a empresa aposta no desenvolvimento de novos cursos online para triplicar seu faturamento, aproveitando o espaço deixado pela concorrente americana Udacity, que fechou seu escritório no Brasil. Além disso, os sócios da empresa acreditam na diferenciação, visto a baixa qualidade oferecida por produtores independentes de conteúdo puramente técnico, que focam em fazer grandes lançamentos de vendas, mas não cuidam da jornada de aprendizagem dos alunos e da taxa de conclusão na modalidade online. Para evitar isso, além de adaptar sua metodologia imersiva, simulada e baseada em projetos para a modalidade online, a Gama Academy trouxe para o Brasil o modelo de mentoria online 1-1 (aluno e mentor), popularizado por uma startup indiana que já captou mais de US$ 22 milhões.
A união entre emprego e educação já é uma grande tendência no mundo todo, não é à toa que a escola General Assembly foi adquirida por mais de US$ 400 milhões pela Adecco Group, uma das maiores empresas de RH do mundo. Além disso, o LinkedIn pagou mais de U$ 1 bilhão para adquirir a plataforma Linda.com porque sabiam do déficit de habilidades técnicas e da falta capacitação em tecnologia de todas as vagas postadas em sua plataforma. O mercado de tecnologia na educação deve alcançar US$ 252 bilhões em dois anos segundo o relatório EdTechXGlobal.
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