Telefonica, through its Innovation Ventures, made an undisclosed investment in Brazilian VC Redpoint eventures.

(Medium) Novas diretrizes da estratégia global de inovação aberta da Telefónica reforçam a relevância do mercado brasileiro no ecossistema empreendedor global. Além de aumentar o valor investido por startup pela Wayra Brasil (R$ 500 mil para R$ 1 milhão por empresa), o grupo também realizou um aporte no fundo da Redpoint eventures, gestora de venture capital que investe em startups de tecnologia na América Latina.

Enquanto a Wayra atua como um micro Corporate Venture Capital (CVC), fundo de investimento corporativo de capital semente (seed) e series A (em coinvestimentos), o Telefónica Innovation Ventures (TIV), veículo de corporate venture capital do grupo, faz aportes em startups em estágios mais avançados e também em fundos, como é o caso da Redpoint eventures. O objetivo é ampliar as possibilidades de investimento em startups que gerem mais retorno e impacto para o grupo.

Investindo no match entre startups e a Telefónica

TIV

A nova estratégia do TIV é uma evolução do Amérigo, primeira geração de fundos da Telefônica que entre 2012 e 2018 fomentou os ecossistemas de inovação da Espanha e América Latina. Agora, o foco do Telefónica é dar suporte às principais áreas da operadora que, por meio de parcerias com equipes locais da Wayra vão buscar e integrar startups que façam sentido na cadeia de valor da companhia. “As startups nos trazem tecnologia, novos produtos e serviços para nos diferenciar, além de contribuírem na agilidade de lançamentos ao mercado”, ressalta Guenia Gawendo, diretora global do Telefónica Innovation Ventures.

Wayra

O reposicionamento da estratégia de inovação aberta da Telefónica vem logo depois de um movimento da própria Wayra, que em 2018 deixou de ser uma aceleradora para se transformar em um hub de inovação aberta, selecionando startups mais maduras para ajudá-las a crescer e escalar. “O importante é que a startup esteja em um estágio que possa gerar grandes contratos com o Grupo Telefónica, que é o que os melhores empreendedores querem: fazer negócios com uma grande corporação. O investimento é uma consequência”, explica Renato Valente, diretor de inovação aberta da Telefónica e country manager da Wayra no Brasil.

Desde o início das operações em 2012, a Wayra Brasil já investiu mais de R$ 14 milhões em 77 empresas no país. Dentre as investidas, cerca de 20% fazem ou fizeram negócios com a Vivo. Foi o caso da Teravoz, recente exit da Wayra, que adquire sua infraestrutura diretamente da Vivo. Outro exemplo de sucesso é a Gupy, plataforma utilizada pela Vivo para seleção e recrutamento de novos funcionários, que desde 2016 faz parte do portfólio de scaleups da Wayra.

Estão entre as áreas de maior interesse da Wayra startups dos setores de fintech, health techs e edtechs, além de inovações relacionadas a temas como Data Analytics, Cloud, Inteligência Artificial, Cibersegurança e IoT,. As startups podem se apresentar à Wayra durante o ano todo, sem períodos para inscrição, que pode ser feita a qualquer momento pelo site.

Parceria reforça busca por startups alinhadas com o grupo

Agora, Redpoint eventures e Wayra Brasil trabalharão ainda mais próximas para identificar startups com grande potencial de fazer negócios com a Telefónica. “Essa proximidade vai trazer novas oportunidades de co-investimentos e investimentos em rodadas subsequentes”, detalha Valente.

Além do investimento em fundos da Redpoint eventures no Brasil, a Telefónica também está fazendo aportes em outros fundos de gestoras de outros mercados-chave para a companhia, como Estados Unidos, Israel e Espanha, sempre em busca de startups que possam desenvolver novos produtos para o grupo ou se tornar fornecedores de tecnologias que melhorem a eficiência de processos internos. “Estamos animados com o fortalecimento de nossa parceria com a Telefónica/Vivo. Além do pioneirismo global da companhia em iniciativas de inovação e colaboração com o ecossistema de startups, a Telefónica é conhecida por ser referência, desde a época em que comecei a trabalhar no setor de venture capital há 17 anos. É um prazer e um privilégio tê-los como um de nossos investidores. Existe uma oportunidade enorme para explorarmos juntos”, afirma Anderson Thees, Managing Partner da Redpoint eventures.