SP Ventures, through its Brazil Venture Debt Fund, invested BRL13.5m in debt financing in SoluBio, a Brazilian agtech enabling in-farm production of pesticides. SP Ventures launched its BRL140m Brazil Venture Debt Fund in 2019 with a commitment from BNDES. 

(Startupi) – Criada em 2016 com o objetivo de reduzir ineficiências da cadeia de defensivos biológicos para o agronegócio, a SoluBio anuncia nova captação para dar fôlego a uma fase de rápida expansão de seu modelo de negócios.

Ao todo, foram R$ 13,5 milhões aportados em modelo Venture Debt, primeiro fundo dedicado exclusivamente a modalidade no Brasil, escolhido por permitir às startups captarem recursos de montantes relevantes sem implicar em diluição acionária dos atuais empreendedores e investidores. Este é o sexto aporte público do fundo, que já conta com startups como Ambar, Kenoby, Goomer e SmartMEI (Work) em seu portfólio.

A partir de tecnologia própria, a SoluBio opera com uma solução integrada que permite aos agricultores produzirem bioinsumos em suas próprias fazendas, conhecida como manejo biológico OnFarm, diminuindo, assim, de forma relevante, ineficiências logísticas geradas pela grande quantidade de intermediários presentes na cadeia tradicional de defensivos.

Por meio desta captação de Venture Debt, a SoluBio busca financiar a construção de uma fábrica de insumos de maior capacidade, localizada no coração do agronegócio brasileiro, em Jataí (GO). “A captação com Venture Debt deve nos permitir um investimento bastante representativo em CAPEX e, ao mesmo tempo, manter nossa participação acionária no negócio, potencializando o potencial de upside de todos no futuro”, adianta Maurício Schneider, COO da SoluBio.

Como funciona o manejo biológico

Dentro da propriedade agrícola são instaladas BioFábricas responsáveis pela produção dos bioinsumos a partir de matéria-prima fornecida pela própria SoluBio. A startup presta todo o suporte necessário e garante treinamento de ponta para que os trabalhadores possam operar a produção dos bioinsumos com total segurança e eficiência.

“Produtores que aderem à tecnologia de Multiplicação On Farm da SoluBio são produtores tecnificados, caprichosos em suas fazendas e, sobretudo, se preocupam com um ecossistema mais sustentável. Veem no Manejo Biológico uma ferramenta para baixar seus custos, diminuir o impacto ambiental e ainda cuidar da saúde das pessoas que lhe ajudam nos manejos e tratos culturais dentro da fazenda”, complementa Alber Guedes, fundador e CEO da SoluBio.

Embalado pela demanda de soluções com cada vez menor impacto ambiental para a produção de alimentos, aliadas à eficiência de custos, o mercado de bioinsumos deve crescer de forma pujante nos próximos anos, sobretudo no Brasil, principalmente depois do lançamento do Programa Nacional de Bioinusmos realizado pelo MAPA, em 2020. De olho nesta grande oportunidade, a SoluBio traça planos ambiciosos de expansão para os próximos anos.

Investimento em Venture Debt

O Venture Debt é um produto de dívida customizado para empresas inovadoras, atendendo suas necessidades de longo prazo por meio de um produto com juros, garantias e prazos adequados à sua realidade financeira e operacional, tendo como foco a geração de valor de longo prazo.

Complementar aos investimentos de equity, promovidos por fundos de Venture Capital, ele tem o benefício de mitigar a diluição ao longo do processo de fundraising, além de possuir processos ágeis de due diligence e de permitir que as startups alonguem suas runways, realizando captações em estágio maior de maturidade, com um valuation maior.

Apesar de novidade no Brasil, o Venture Debt já é consolidado nos Estados Unidos como uma das principais opções de financiamento para startups. Em 2019, representou aproximadamente 20% do mercado estadunidense de Venture Capital, e estima-se que foi utilizado em 40% das rodadas de investimento levantadas por startups nesse país nos últimos 6 anos.

O Brasil Venture Debt, fundo responsável por este aporte, conta com fundo de R$ 140 milhões dedicado exclusivamente a operações de Venture Debt, e possui investidores como BNDES, XP Investimentos, BDMG e Bossa Nova.