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Industry News

Previ Will Have R$1b for Private Equity Funds in 2014

10 December 2013

(Estadao) In 2014, the Previ, the pension fund for employees of Banco do Brazil, will have R$1b available to invest in private equity funds. The value is very significant. Since 2006, when Previ started to invest in smaller companies, the average annual contributions did not exceed R$200m.

The acceleration of this type of investment is largely influenced by Previ’s recent policy changes – as of now, it no longer requires the formation of an investment committee.

Nem só da sociedade com as maiores empresas brasileiras – como a mineradora Vale, a de alimentos BR Foods, a siderúrgica Usiminas, as elétricas CPFL e Neoenergia, entre outras – vive o maior fundo de pensão do País. A Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, também está se tornando sócia de empresas menos badaladas, geralmente de médio porte, mas que crescem rapidamente em seus mercados e têm potencial de chegar à bolsa de valores para alavancar o retorno do investimento.

Em 2014, a fundação tem disponível R$ 1 bilhão para aplicar nos chamados fundos de private equity, que se caracterizam justamente por comprar uma participação relevante em empresas de médio porte, fazer um choque de gestão e levá-las à bolsa para se desfazer do investimento ou vender para algum outro investidor. O valor é muito significativo. Desde 2006, quando passou a apostar em empresas menores, a média dos aportes anuais não passou de R$ 200 milhões.

A aceleração desse tipo de investimento deve acontecer porque a Previ alterou a sua política recentemente e, a partir de agora, não exige mais a formação de um comitê de investimento. Esse comitê, basicamente, influía nas decisões do gestor do fundo de private equity. Como as fundações têm uma barreira regulatória e só podem ter 25% do total do fundo, acabavam por não conseguir formar parcerias com investidores estrangeiros, que não exigem o tal comitê. Assim, a Previ ficava dependendo das outras fundações para fazer as aplicações. As outras fundações, porém, foram agressivas em anos anteriores, desaceleraram o investimento nesse tipo de fundo, e a Previ ficou sem opção de parceiros, segundo explica o diretor de investimentos da Previ, Renê Sanda.

Hoje o fundo tem aplicado R$ 1,6 bilhão em diferentes FIPs (fundos de investimentos em participações). Esses fundos já aplicaram em empresas R$ 800 milhões. A diferença pode ser explicada pelo fato de que o gestor do fundo de private equity ter até cinco anos para fazer o investimento, a partir do momento em que o dinheiro é aplicado, e depois mais cinco para melhorar a empresa que adquirir e vendê-la.

Nessa brincadeira, a Previ já colheu frutos, como o investimento que fez na empresa Abril Educação, por meio do fundo BR Educacional. O desinvestimento ocorreu em 2011, quando a empresa abriu o capital. O resultado: em quatro anos, o dinheiro aplicado na empresa rendeu 30% em termos reais por ano, segundo Renê Sanda, que participa hoje do maior evento de Private Equity da América Latina, em São Paulo, com mais de 600 investidores.

E por falar em resultados, a Previ agora também espera os mesmos 30% por ano com a empresa Hortifruti, da qual sócia por meio do FIP Brasil de Governança Corporativa. No ano passado, um novo sócio entrou na empresa e, por isso, a Previ já consegue ter uma noção melhor do quanto a empresa já valorizou desde que entrou em seu capital. A Hortifruti tem hoje um dos maiores índices de venda por metro quadrado do varejo brasileiro comercializando frutas e verduras como se fosse uma grande feira. Da lista das empresas da qual é sócia por meio de fundos de private equity, está ainda o IRB, instituto de resseguros que foi privatizada, a Setebrasil, que fabrica navios sondas para a Petrobras e a Tecnoblu, uma empresa de aviamentos da cidade de Blumenau, Santa Catarina.