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Jive Reaches R$2.2b First Close for Third Brazil Distressed Fund (em português)
27 August 2020
Jive Gestão de Recursos reached a R$2.2b first close for its third fund, CSHG JIVE Distressed III FIC-FIM CP, which focuses on distressed assets in Brazil.
(Press Release) A Jive, gestora de recursos dedicada a ativos “estressados”, concluiu a captação de R$ 2,2 bilhões para seu terceiro fundo com distribuição exclusiva do Credit Suisse no mercado brasileiro. A intenção é ainda ampliar o patrimônio para até R$ 3,5 bilhões, com uma nova rodada de captação com investidores estrangeiros. O volume é recorde para a Jive, que vai expandir suas estratégias com esse produto.
“De um fundo para outro, buscamos uma evolução, conforme as oportunidades de atuação que vamos identificando”, explica Guilherme Ferreira, sócio da Jive. Nesse novo fundo, além de comprar créditos estressados de empresas, a gestora poderá, no contexto dessa atuação, financiar essa mesma empresa, para que ela possa ter uma retomada mais rápida e um balanço mais saudável. “Seremos uma alternativa para a empresa que hoje não é ‘bancarizável’, porque ela está com o balanço machucado ou a receita incerta em função da pandemia, desde que a gente consiga olhar o resto do balanço dela e entender que ela precisa de um fôlego para voltar atuar saldar dívidas a longo prazo”, resume Ferreira.
A outra possibilidade nova é a de investir em plataformas, fintechs e startups que já têm relacionamento com a Jive. “Se uma fintech já origina oportunidades para investirmos, por exemplo, em créditos imobiliários com problemas, ou outros ativos, poderemos comprar não só os ativos que elas trazem, mas também investir no capital dessa fintech”, diz o executivo. Nesse movimento, de um lado a Jive apoia o crescimento da fintech; de outro, aproveita também a eventual valorização do negócio dela, como sócia, explica Ferreira. Por conta do mandato mais amplo, a gestora terá um novo sócio, Samer Serhan, ex-Santander.
A Jive atua desde 2015 na aquisição e recuperação de créditos vencidos de médias e grandes empresas, imóveis, precatórios, ações judiciais e outros ativos estressados. A gestora, como exemplo, compra carteiras problemáticas de crédito e de imóveis dos bancos, liberando espaço no balanço dessas instituições para que possam emprestar recursos. Em todos esses segmentos, destaca Ferreira, já havia estoque relevante antes da pandemia, e pelas dificuldades da crise, a tendência é que aumentem ainda mais.
A captação do fundo, que segue o modelo de 6 anos de vida, com prazo entre 2 e 3 anos de investimento, já estava programada para este ano. O fundo 1, que levantou R$ 500 milhões em 2015, está chegando a seu fim com retorno acumulado de 21% ao ano. O fundo 2, que captou R$ 1,7 bilhão em 2018, encerra agora sua fase de investimento já com retorno acumulado de 18% ao ano.
Camila Detomi, responsável pela área de investimentos alternativos do Credit Suisse, destacou que mais de 60% dos clientes que já investiam nos fundos 1 e 2 da Jive aplicaram também no 3. “A expectativa era captar os R$ 2 bilhões até outubro, mas atingimos volume em dois meses”, diz. “A demanda é gigantesca para esse tipo de investimento, mas a oferta é muito limitada”, afirma.
Marcello Chilov, executivo chefe de international wealth management Brasil do Credit Suisse, destaca que o banco tem a tradição de levar produtos diferenciados aos clientes; e no cenário atual, de juros baixos, a diversificação se torna ainda mais relevante. Toda a captação, ele ressalta, foi feita por meio de reuniões virtuais, um novo modelo também para esse segmento, acostumado a reuniões presenciais.
Diego Fonseca, também sócio da Jive, destaca que a empresa se preparou para a nova captação tanto pela maior quantidade de recursos quanto pela expansão de sua atuação. Um foco principal, ele diz, é o investimento em tecnologia, para agregar em escalabilidade. Para esse tipo de negócio é ainda necessário um acompanhamento estatístico do mundo judicial, uma vez que uma boa avaliação do risco jurídico permite uma análise mais adequada desde a precificação até a gestão dos ativos da empresa. Na avaliação dos sócios da Jive, o país está iniciando um novo ciclo econômico de recuperação, ainda que a pandemia persista. Alguns indicadores econômicos já mostram que o pior já passou nos meses de março e abril.
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