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Investidores em Private Equity e Venture Capital na América Latina Continuam Ativos, o México Registra Investimentos Recordes
3 March 2016
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Investidores em Private Equity e Venture Capital na América Latina Continuam Ativos, o México Registra Investimentos Recordes
Investidores Internacionais Procuram América Latina na Sequência da Desvalorização da Moeda
Nova Iorque, 3 de março de 2016 – Investidores em private equity e venture capital na América Latina continuaram ativos em 2015 apesar das turbulências macroeconômicas, com US$6,5 bilhões investidos através de 310 transações, segundo dados divulgados hoje pela Latin American Private Equity and Venture Capital Association (LAVCA). O México, o segundo mercado mais ativo depois do Brasil, viu um recorde de US$2,3 bilhões investidos com 88 transações em 2015, um aumento de 80% no número de negócios e 72% no montante investido ano-a-ano.
“Investidores internacionais de private equity estão respondendo às oportunidades geradas pela ambiciosa reforma no setor energético do México,” disse Cate Ambrose, Presidente e Diretora Executiva da LAVCA. “Com vários CKDs focados em energia no mercado, transações large-cap neste setor deverão impulsionar os totais investidos em private equity no México.”
A atividade de investimento na região (US$6,5 bilhões via 310 transações) foi em par com a de 2014. Um total de 14 negócios large-cap (cheques acima de US$100 milhões) representaram US$3,8 bilhões, dominados por transações nos setores de petróleo e gás, saúde e energia. Outros US$2,2 bilhões foram investidos em 68 negócios de meio porte, com quase a metade deles nos setores de tecnologias da informação (TI) e consumo/varejo. Investidores de venture capital investiram US$594 milhões, um aumento de 13% comparado a 2014, através de 182 negócios.
Nos últimos três anos, negócios de private equity em infraestrutura têm representado quase a metade do montante total investido na região, com grandes transações nos setores de petróleo e gás, logística e distribuição, e energia, os quais contribuíram a maior quantidade de capital. Só em 2015, 31% do capital levantado foi para fundos de private equity latino-americanos investindo em projetos e ativos de infraestrutura.
“Olhando à frente, na medida que os investidores procuram se proteger contra o aumento da inflação causada pelas moedas locais fortemente desvalorizadas, o apetite por investimentos de private equity em setores relacionados com infraestrutura devem continuar atraindo interesse,” continuou Ambrose.
Brasil permaneceu o maior mercado para investimentos de private equity e venture capital na América Latina, representando apenas um pouco menos da metade do capital total investido na região (US$3,2 bilhões) em 2015 e a metade de todos os negócios (149 transações). Uma diminuição de 31% ano-a-ano em capital investido é em parte um reflexo de menos cheques large-cap em 2015 e da desvalorização de 32% do real em relação ao dólar durante este período. Comparando-se os totais investidos em 2015 e 2014 em reais, a diminuição em capital investido é só 11%.
No cenário atual de recessão econômica, desvalorização da moeda e crise política, investidores internacionais seletos estão capitalizando o que é visto como uma oportunidade extraordinária para estabelecer presença no mercado brasileiro a preço de barganha. Isto inclui o líder de private equity europeu CVC, o qual abriu recentemente um escritório em São Paulo, os investidores de longo prazo tais como o CPPIB (atualmente expandindo a sua presença no Brasil), e investidores estratégicos dispostos a ignorar a volatilidade da moeda com um olho para ganhos de longo prazo. Este meio ambiente no Brasil também está criando oportunidades atraentes para os investidores em ativos ou empresas em crise financeira.
Fundos de private equity e venture capital com foco na América Latina levantaram US$7,2 bilhões em 2015, com uma presença forte de fundos de meio porte variando de US$100 milhões a US$750 milhões, e um único fundo superando US$1 bilhão. O capital foi levantado através de 52 fechamentos parciais ou totais de fundos, comparados aos 56 fechamentos em 2014.
Em 2015, firmas de PE/VC ativas na América Latina geraram um total de US$3 bilhões em recursos através de 46 desinvestimentos parciais ou totais. Seis desinvestimentos adicionais não revelaram informação financeira. Com 31 transações, as vendas estratégicas continuaram sendo a rota mais popular de saída para desinvestimentos do PE/VC latino-americano.
Resultados adicionais incluem::
- Com US$378 milhões investidos em 19 negócios, os totais investidos no Peru aumentaram 182% ano-a-ano.
- Fundos denominados em dólares representaram 71% do capital levantado para a América Latina em 2015, aumentando o poder de compra das firmas de PE/VC na sequência da desvalorização da moeda.
- Fundos de PE/VC regionais dominaram o mercado em 2015 com 15 fechamentos representando 45% do total de US$7,2 bilhões.
- Impulsionado pela maturidade e profundidade do ecossistema brasileiro de VC, rodadas de investimento tardio na América Latina cresceram de 29 em 2014 para 63 em 2015.
- Através de 126 transações totalizando US$500 milhões, TI foi o setor predominante para a atividade de VC na região, sendo serviços financeiros, e-commerce e transporte os mercados verticais preferidos para investimento de capital neste setor.
O relatório completo estará disponível, gratuitamente, para os membros da LAVCA em março. Nessa data, não-membros poderão comprar o relatório aqui.
Metodologia do 2016 LAVCA Industry Data
O 2016 LAVCA Industry Data & Analysis fornece informação sobre captação de recursos, investimentos, e desinvestimentos dos fundos de private equity e venture capital que investem na região latino-americana. O LAVCA Industry Data é baseado em uma pesquisa confidencial para gestores de fundos e em fontes secundárias, criando a primeira fonte segura de dados sobre private equity e venture capital da América Latina. LAVCA tem coletado dados de PE/VC na América Latina através do Fund Manager Survey desde 2008. Nesta edição da pesquisa, a LAVCA contatou mais de 250 gestores ativos na América Latina e no Caribe. LAVCA coleta a maioria da informação diretamente dos gestores e os montantes têm sido confirmados, sempre que possível, através de informação fornecida pelos próprios gestores. Os totais de captação de recursos só refletem fechamentos oficiais (primeiro, segundo, e/ou final) confirmados pelos gestores ou, caso os totais não sejam obtidos diretamente, notificados por fontes públicas de confiança. Comprometimentos de capital acumulados antes ou entre fechamentos oficiais não são incluídos. Fundos cativos ou fundos que investem diretamente com recursos próprios (por exemplo, balanço patrimonial) não são incluídos nesta pesquisa. Fundos de infraestrutura geridos por empresas de private equity que fazem investimentos do tipo private equity são incluídos na análise (isto é, investimentos de capital em indústrias relacionadas com infraestrutura).
Sobre Latin American Private Equity and Venture Capital Association
A Latin American Private Equity and Venture Capital Association é uma organização de membros sem fins lucrativos dedicada ao apoio do crescimento da indústria de private equity e venture capital na América Latina e no Caribe. A filiação da LAVCA é composta por mais de 170 empresas, desde as principais empresas de investimento globais que operam na região a gestores de fundos locais, do México até a Argentina. Firmas-membro controlam ativos acima de US$60 bilhões, direcionados à capitalização e crescimento de empresas latino-americanas. A missão da LAVCA – impulsionar o crescimento econômico regional promovendo investimentos de private equity e venture capital – é realizada por meio de programas de pesquisa, fóruns de networking, educação e defesa de boas políticas públicas. Mais informações podem ser obtidas no site www.lavca.org for more information.
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