A trajetória da startup
A Allya nasceu de uma insatisfação de Ferelli como funcionário. Em um emprego antigo, ele percebeu que o RH demorou muito para dar retorno sobre a possibilidade de fechar um convênio de descontos com uma faculdade que ficava próxima ao escritório. Ao notar que deixou de economizar dinheiro por conta dessa ineficiência do processo, ele decidiu criar uma plataforma que ajudasse a minimizar o problema.
“O RH é muito atarefado, muitas vezes não tem braço para fazer também uma negociação de desconto com o restaurante do bairro ou com a escola de inglês”, diz o sócio fundador. Junto com os amigos Welton Brandão, Gustavo Antonelli e Rogério Nogueira, o empreendedor foi buscar um investimento anjo para iniciar o projeto. Em 2014, conseguiram 250.000 reais com amigos e familiares e passaram a desenvolver a plataforma, que foi lançada em 2015.
A Allya oferece, então, um aplicativo e plataforma web em que os funcionários da empresa podem se conectar com mais de 29.000 parceiros que oferecem descontos e condições exclusivas. Há todo tipo de categoria, desde restaurantes, farmácias a faculdades e e-commerces. Usando a geolocalização, o app envia uma notificação toda vez que o usuário vai a um estabelecimento conveniado.
Se um colaborador quiser sugerir uma nova parceria, a startup gerencia o credenciamento também. Ao RH, a empresa disponibiliza materiais para a comunicação interna, como posts para a intranet e cartazes falando sobre as parcerias. Caso a companhia cliente não queria que seus funcionários acessem determinado benefício — oferecido por uma concorrente, por exemplo —, o RH pode bloqueá-lo.
O serviço custa a partir de 17,50 reais por funcionário e cai conforme o volume de cadastrados aumenta. Ao todo, já são mais de 160 empresas clientes. A projeção dos sócios é que a startup triplique seu faturamento em 2020 em relação ao ano anterior. “Estamos trabalhando para aumentar cada vez mais o engajamento dos usuários na plataforma”, diz Ferelli.