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Industry News

BTG’s Brasil Pharma Sells Mais Econômica (em português)

12 November 2015

(Folha de S.Paulo) Brasil Pharma, a farmacy chain owned by BTG Pactual, has sold its subsidiary Mais Econômica to new Brazilian investment firm VERTICapital, which was founded by former executives from Gavea, Bozano, Pactual and Tudor.

Com a venda de uma de suas redes de farmácias e o anúncio de uma capitalização, o BTG Pactual iniciou a reestruturação da Brasil Pharma. Uma das grandes apostas do banco nos últimos anos, o braço de varejo de farmácias não decolou.

O primeiro passo para resgatar o projeto foi a negociação da rede Mais Econômica, que tem 160 unidades nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, finalizada nesta quarta-feira (11).

A operação foi comprada pela gestora Verti Capital, por R$ 44 milhões. Segundo os novos donos, apesar de a Mais Econômica dar prejuízo hoje, a rede é bem posicionada no mercado do Sul.

“O centro de decisões voltará para o Rio Grande do Sul, o que permitirá uma atuação mais próxima dos fornecedores e clientes”, diz Cauê Cardoso, sócio da Verti Capital.

REESTRUTURAÇÃO

Além do enxugamento, haverá uma reestruturação de capital na empresa. A BR Pharma receberá uma injeção de cerca de R$ 600 milhões e a empresa vai negociar o alongamento de aproximadamente R$ 700 milhões de sua dívida com bancos.

No segundo trimestre, a empresa tinha R$ 594 milhões em dívidas com bancos e R$ 214 milhões em papéis negociados no mercado financeiro.

APOSTA

Criada em 2009, a Brasil Pharma cresceu rapidamente por meio da aquisição de redes tradicionais e se tornou uma das principais empresas do varejo farmacêutico no país, com mais de 1.000 lojas e receitas de R$ 3,8 bilhões..

A empresa, que tem ações em Bolsa, é dona de redes em todo país, por meio das marcas Big Ben, Guararapes, Drogaria Rosário Distrital, Sant’Ana e Farmais.

Desde 2013, no entanto, só dá prejuízo. Foram R$ 613 milhões no ano passado e mais R$ 169 milhões no primeiro semestre deste.

A Brasil Pharma foi uma das principais apostas do BTG Pactual nos últimos cinco anos, período em que a instituição mergulhou numa estratégia agressiva de aquisições de empresas fora da área financeira..

Nesse período, os sócios do BTG aplicaram dinheiro próprio e captaram recursos de clientes para investir também na compra de postos de gasolina, uma rede de estacionamentos, empresas da área de petróleo, participações nas montadoras de veículos Mitsubishi e Suzuki e na rede de hospitais D’Or.

NOVOS RECURSOS

Os hospitais foram bem e em maio deste ano o BTG vendeu com lucro um pedaço de sua participação para o GIC, fundo de investimento do governo de Cingapura.

Outros negócios, como as sociedades na empresa de lixo Estre e na fornecedora de sondas de petróleo Sete Brasil, enfrentam problemas. É desse grupo que o BTG está tentando resgatar a Brasil Pharma.

No ano passado, o banco precisou colocar R$ 400 milhões na companhia, mas a dívida continuou crescendo. Em março deste ano, a consultoria do executivo Enéas Pestana, ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar, foi contrata para traçar um plano de reestruturação.

A entrada de novos recursos será acompanhada também de ajustes operacionais.