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Industry News

Bozano Captures R$800m for Education Focused Portfolio (em português)

17 July 2015

(Baguete) Fund manager Bozano Investments concluded the closing of R$800m for a new fund through to repeat its success in searching for active players in the education sector.

A gestora de recursos Bozano Investimentos concluiu a captação de R$800m para um novo fundo por meio do qual pretende repetir sua bem­sucedida experiência de prospectar ativos no setor de educação.

Cursos para a área de saúde ­ com viés técnico e de certificação ­, educação à distância e processos de consolidação no ensino básico estão no radar da Bozano.

O objetivo não é entrar na disputa por faculdades Brasil afora, mas encontrar oportunidades em segmentos específicos, principalmente aqueles que possam se beneficiar do uso de tecnologia, afirma Daniel Borghi, responsável pelo fundo e pela área de educação da gestora.

O Bozano Educacional II atraiu os mesmos investidores que participaram do primeiro fundo da gestora dedicado à área de educação ­ entre eles, fundos de pensão e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que agora aportaram 35% dos recursos. O grupo de mídia alemão Bertelsmann, que entrou como âncora, ficou com 40%. O restante veio de “family offices” e gestoras de patrimônio brasileiras.

Segundo Borghi, havia demanda para captar R$ 1 bilhão, mas a gestora decidiu ficar com o volume inicialmente projetado para manter o foco. “Levantamos os recursos ao longo de 2014 e no primeiro semestre deste ano, bem no meio da tempestade”, ressalta.

O novo fundo é a terceira iniciativa do private equity da Bozano em educação. O primeiro fundo dedicado ao setor, lançado em 2008 com captação de R$ 360 milhões, concluiu há apenas dois meses a fase de desinvestimentos. A carteira gerou retorno de 33% com apostas em empresas como Abril Educação, Anima Educação (ensino superior), HSM (educação executiva) e Affero Lab (cursos corporativos).

A segunda incursão na área veio um pouco depois e se refere a um fundo de R$ 70 milhões voltados a tecnologias para o setor de educação. Porém, funciona mais como um venture capital, com foco em projetos incipientes. Esse fundo ainda tem recursos para investir.

Com o Bozano Educacional II, a gestora espera adquirir participações ­ sempre minoritárias ­ em algo entre seis a oito empresas. O objetivo é alcançar rentabilidade de 20% a 30%. O prazo do fundo é de dez anos. De acordo com Borghi, os primeiros investimentos podem sair do papel ainda em 2015. “Já temos vários deles mapeados”, diz.

A incerteza regulatória criada pelas mudanças no Fies, programa de financiamento estudantil do governo federal, atrasou um pouco os planos da Bozano Investimentos. No entanto, afirma o executivo, não reduziram o entusiasmo da gestora. “Conhecimento nunca valeu tanto. Isso serve não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro”, ressalta.

Borghi aposta na aproximação entre os grupos de mídia e tecnologia e o setor de educação como uma grande tendência dos próximos anos. “O potencial é enorme porque você pode pegar o melhor conteúdo e disseminar para muita gente”, diz.

Além do segmento de educação, o private equity da Bozano tem investimentos em empresas de serviços e alimentos. A presença na área de educação foi motivada pelo economista Paulo Guedes, que foi um dos fundadores do Ibmec e hoje é presidente do conselho de administração da gestora.

Com R$ 3,8 bilhões sob gestão atualmente, a Bozano Investimentos foi lançada em 2013 a partir da fusão das gestoras cariocas Mercatto, BR Investimentos e Trapezus. Private equity, fundos de investimento e finanças estruturadas compõem as três frentes de atuação da companhia. A criação da gestora marcou a volta do Grupo Bozano ao setor financeiro, do qual o empresário Julio Bozano estava afastado desde a venda de seus negócios na área ao Santander, nos anos 2000.